AVE ERRANTE

Qual uma ave errante

Que vendo ruído o ninho,

Voei, voei p'lo caminho…

P'ra outro ninho buscar.

Entre as matas vaguei,

À procura de outro ninho;

Perdi-me pelo caminho,

Quando nos ares voava.

No voo, desalinhei,

Em meio às brumas perdidas;

Senti as asas partidas

(Um visco me apanhou!)

Nesse caminho soturno

Que me 'stava destinado,

Isso me foi ordenado:

Perecer no turvo Estige!

angelk
Enviado por angelk em 13/07/2015
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