AVE ERRANTE
Qual uma ave errante
Que vendo ruído o ninho,
Voei, voei p'lo caminho…
P'ra outro ninho buscar.
Entre as matas vaguei,
À procura de outro ninho;
Perdi-me pelo caminho,
Quando nos ares voava.
No voo, desalinhei,
Em meio às brumas perdidas;
Senti as asas partidas
(Um visco me apanhou!)
Nesse caminho soturno
Que me 'stava destinado,
Isso me foi ordenado:
Perecer no turvo Estige!