Nova alma.

Ó pátria dor,

desenha-me a alma

transfigurada de pavor

sentindo-se ultrajada

pelo que os olhos mostram

arranhando o coração.

E sem vida ter,

cadê ser ela uma alma cidadã,

farejadora de sonhos,

os mesmos que andam nas ruas

ao dissabor das aventuras,

insegura

a procurar abrigo em alheio afeto,

o que apenas num gesto

der novo valor

à vida!