Raquel
Hó linda mãe, rosa amorosa
Abandonada em meio a viagem
Amargamente choramos por ti
José devastado nem quis partir
Hó mãe aquele parto funesto te levou
Teus filhos agora numerosos te veneram
Naquele caminho jazem teus restos
Ao passarmos por ele choramos
Benjamim inocente
Chorava não por ti
Quando se apercebeu
Ja entre nós não estava hó mãe
Raquel, Raquel, Raquel
Jacó devastado, triste e incrédulo
Nosso velho já mais voltou a ser o mesmo
Aquele dia acabara com o seu sol
Nenhum só dia não vimos nele…
A amargura, o desespero e a nostalgia
Raquel, minha linda Raquel
Chorava entre a pastagem quem nunca mais te esqueceria
Raquel, gritava o patriarca
Que em soluços contava-nos
Algumas das vossas promessas e sonhos
Sem animo para comer ao sequer sorrir
Quando sorria apenas víamos nele
O seu lindo sorriso mãe Raquel
Aqueles traços que ele ganhou de você
Ruben, Judá, Issacar, Simeão, Levi… todos colocamos uma pedra sobre teu tumulo
Só faltou mesmo a pedra de Benjamim
Mas saiba mãe que ele sempre procurava
Sua morada, seu tumulo tão significativo
As vezes na companhia de Jacó fazia nos chorar a todos
Te amamos mãe Raquel
Prova disso é o cuidados que temos com seu túmulo~
E que as gerações futuras também terão
Porque Raquel, Porque tão cedo
Saudades daquele sorriso que a todos iluminava
Até mesmo a lia
Saudades daquele companheirismo sem paralelo com Jacó
Saudades da mãe Raquel, Saudades da bela amorosa
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Autor: Faria de Cameria
Maio de 2015, Hotel trópico
Poema feito depois de ter lido a história da túmulo de Raquel, esposa favorita do profeta Jacó.
E de ter me colocado como um dos doze filhos de Jacó, sei lá quem, para contar este poema na primeira pessoa.