E a vida segue...
Essa alternância judia dessa menina alma
Maltrata a matéria, envelhece a derme e só
Tudo tão simples, o mundo na nossa palma
Sem estranhezas, sem deixar rastro, sem pó
Que a estrada de terra vai deixando para trás
Sem a poeira no sapato, o nó na garganta
O grito abafado, preso no esquecimento, jaz
Tudo tão fácil, que nenhuma dor espanta
Emplastros de razão amenizando o sentir
Bálsamos curadores que fazem seguir, só seguir
E as emoções são lágrimas guardadas, poesias rabiscadas
Em páginas amareladas, mal escritas, mal formuladas.