Portas Trancadas

Não busco sorrir, nem chorar.

Nesta tarde quente de inverno

Eu acolho as esperanças

E jogo aos ares meus suspiros

Suspiros de poesia e saudade.

Sim. A solidão me é acalentada

É algo que fascina em cada verso meu.

E ao longe uma vitrola a tocar canções

De amor e de saudades.

E minhas lágrimas contidas na alma

Folheiam páginas de uma história esquecida.

Os loucos clamam por justiça

Os ateus clamam por nada

Os cristãos clamam por um olhar

Um afago, um diálogo divino.

Eu, poeta cristalizado no deserto:

Clamo por um amor verdadeiro

Que possa abrir com sua áurea

As portas trancadas da minha solidão.

Luciano Cordier Hirs - ( 09.06.2015)

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 09/06/2015
Código do texto: T5271590
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