Manchas escuras
Manchas escuras
Paulo Gondim
03/06/2015
Senti o tom sombrio de tuas palavras
A frieza no semblante, o ar sem graça
E viveremos, agora, com nossas dores
Nossos fracassos, e só uma vida sem vida passa
O que foi desejo ontem, hoje é mágoa
A quimera que nos embalou, virou pó
E continuamos nossos caminhos, tristes
E amargamos isolados esse viver tão só
Já não sonhamos mais. Tudo virou cinza
Nosso olhar perdeu a cor, já não tem brilho
E seguimos em vias paralelas nossas vidas
Na canção desafinada, nesse triste estribilho
Somos apenas manchas escuras do que fomos
Cada um carregando sua cruz, sua desilusão
Não fomos suficientemente inteligentes
Para manter aceso o fogo dessa doce paixão.