O Jazigo Não Combina Comigo
Me espere céu, que não tenho pressa em ir, se for levarei comigo, esperanças mil.
No rosto meu ar, aspecto do porvir, lendas, histórias, e belezas mil.
A cova por tanto escura, tortura,
meu sonho de liberdade, que maldade
Não há vivente em compostura
entoando um hino de hospitalidade.
Em cada uma das seis alças um amigo,
assim seis no anseio de se livrar.
Dessa terra sem dono levar ao abrigo,
úmido e frio última morada a descansar.
Se silêncio o fizer há de ouvir meu sussurrar,
amigos não precisa pressa vamos devagar,
estou sem pressa de morar nesta morada.
Há tantos anos desse lugar ela me teve ausente
outras matérias foram decompostas tão prementes,
se possível não trocaria a liberdade por nada.
30/05/2015 Fim