Depois do meio dia

Corta os Pulsos

Em um impulso

Pelo pesar e chorar

Arranca os olhos

Que cheios de remorso

Não suportam mais o luar

Verte sangue e lagrimas

Pois não há quem nasça

Sem que o sofrimento tenha que contemplar

A lua, clemente

E o sol ardente

Orbitam sem cessar

A mãe que nutre

E ver a cria vuar

O mar que banha

Sem ter no que se banhar

Não há ser humano que venha a vida

E depois do meio dia

Não conheça o sofrimento e o pesar

Então eis o que resta

O caminhar sem se apegar

A lagrima ou ao sorriso

Passageiros como o cantar do grilo

Na noite fria sem luar

Então eis o que resta

Banher-se no rio

Que sempre igual, nunca é o mesmo

E sobre as lagrimas e risos

Dançar e Sonhar