Asas Quebradas
Asas Quebradas
Então se vê cansado, desistindo
Desejo crescente de não mais voar
Sua face lânguida está refletindo
A intensa vontade de chorar
Prostrado sob as secas palmeiras
Asas quebradas não sentirão o vento
Acorrentado neste mundo de sujeira
Acabrunhado, transforma-se em rabugento
Amaldiçoa o tempo de asas libertadoras
Palavras em xingamentos, triste fim
Depara-se com a realidade retalhadora
Sua perdição proclamada enfim
Em uma fortaleza de lágrimas a reinar
Pequena demais para suas tristezas
Onde o lema é a semeadura do odiar
Afoga sua alma em abissal profundeza
Eduardo Benetti