Dor Passageira
Meu peito dói!
O coração aperta
e sufoca-me
Escrevo estes versos para aliviar
Não sei ainda se bem adianta
Mas outra escolha não tenho
Punições seriam-me inúteis
De pouco adiantaria se cortar
Visto que já estou a sangrar
Minha ferida abre e fecha
Seus dedos insistem cutucar
Sempre que tento regenerar
Eu não soube amar direito
Fiz tudo da própria forma
Escolhi justo a mais errada
Não lhe pedi para ficar
Dei-lhe belas asas
E arranquei as minhas
Finalizo este poema
Não com minha morte
Só com a tristeza
Uma hora ela há de ir embora...