Atenção
Ela não voa,
Não pode,
Não respira,
Não vive,
Não se liberta,
Vida pouco aberta,
Felicidade em poucas coisas,
Tristeza com pequenas coisas.
Não a vejo,
Não a sinto,
Mas sinto que é sem paixão,
De olhares caídos,
Dolorosa, sem atenção.
Deus é seu forte,
A esperança entre os seus.
Não há quem a conforte:
A ouço trêmula,
Sentimento assim não há pior,
Não pode acaba-lo, sim,
Cada vez maior.
E me liga, a voz sem forças,
Amiga, diz que está bem.
Mais preocupada está com outros,
Sua vida pouco importa.
Um ser ninguém.
Esta é sua cruz:
Vida sem luz.
Há quem a tire da escuridão,
Amor, trate-a bem!
Empatia sinto, dói coração,
Saber que em seu lugar estaria.
Ficaria igual assim um dia? Não!
O que fazer, então?
Não consigo, não alcanço, não toco:
Darei apenas minha atenção.