Dia Azul

Uma tarde escura,

o Sol já se apagou,

sua tirania se foi a loucura

quando a morte de Deus brilhou.

É o reinado das trevas,

minha luz não tem poder.

Dia escuro como este

não há onde se esconder.

Nos olhos carrego a recompensa

de viver num labirinto de espelho.

Na cabeça uma confusão imensa,

no peito um coágulo vermelho.

Vejo meus pensamentos na corrente

da loucura, da demência, da mentira.

Mas não vejo o que vem à frente,

um mistério, uma silhueta na neblina.

Gostaria de pedir a quem pudesse,

olhar as nuvens, gritar pra que ouvisse;

Já desisti de acreditar na utopia, que ajudaria

se alguém realmente se importasse.

Foi nos braços daquela que morreu

o amor a tudo que sentia.

Bom, se servisse de consolo meu

se ali não fosse eu mesmo quem morria.

Que triste são meus últimos dias,

qual faço festa com um amigo nu,

tão bem o conhecia, hoje mal o sou.

Que triste dia, que dia azul.

Lucas Häkkan
Enviado por Lucas Häkkan em 18/05/2015
Reeditado em 19/10/2016
Código do texto: T5246080
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