Espectro de mim mesmo
A dor contempla a mim mesmo,
Saio do meu corpo e olho para ele,
É apenas um pequeno vulto do que já fui,
Sei, fui, não sou mais.
Não me reconheço,
Quem é este agora que vejo,
Não sou eu, é apenas um vulto meu,
Não eu, um espectro do que já fui.
Tenho dó de mim mesmo,
Tenho pena desse miserável,
Pobre desgraçado a minha frente,
Alguém que não sei quem é.
Deixo eu mesmo sem resposta,
Não sou eu, mesmo sendo eu,
Olho para para mim, mas não me vejo,
Quem é este em meu lugar?
Será que um dia eu voltarei?
Sera que algum dia novamente serei eu?
Ou jamais conseguirei me encontrar,
porque simplesmente não sei mais ser eu.