Do cais que não vejo mais
E se o cais desabar
não é a toa que ouço essas vozes.
Percebo que sustento no ar
as velhas anedotas atrozes.
Conhecendo o que sou
sou capaz de imaginar
na vocação subestimada
velhas velas rasgadas.
O barco aponta para a direção que não quero ir.
Tento desviar o caminho, não sou forte
me obrigando um destino sem sorte
olho para trás, não vejo mais o cais.
Esse vento que me obriga a velejar,
não saio do lugar apenas afundo.
Precisava entender o que quero do mundo
e traçar sozinha minha rota de vagabundo.