COVAS RASAS

Tudo é bruma inconsistente

Há castelos ocultos em areia

Uma teia quadrada está latente

A vida cai numa lágrima cheia

Que rola nas faces sem expressão

Uma mão que nunca está cheia

Do sangue e da carne sem perdão

Não existe o milagre dos pães

Mães destroçadas no sofrimento

Morrem aos poucos sublimadas

Enterram filhos em covas rasas

Que exalam o fogo das brasas

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 02/05/2015
Código do texto: T5228580
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