Partida fria
Da boca quente à alma fria,
Do sorriso doce que é entregue à face
Dividindo o gosto da agonia,
Tempera o desgosto sem disfarce.
Difícil momento, nostalgia,
Daquele que parte o enlace,
Desprendido gosto, a cantoria,
Que rege o tempo do impasse.
O vento que sopra em melodia,
Que ecoa o choro e o desespero,
Daquele que vê o amor partir.
Triste momento o de não tê-lo
E ter em si a alegria,
E a alma é quente, da boca fria,
Que já não sabe sorrir.
Rejane Alves