Tormentas
Nas tormentas que atormentam o coração
Há sempre uma razão
E além da máscara de uma vida cretina
Há tesouros ocultos atrás de negras cortinas.
Nos tormentos dos lamentos
Lufam fortes ventos
Viram-se embarcações
Em males de ondas e depressões.
No tormento, demento
Na loucura, tento
E sob o escuro, sento
Na cadeira quebrada
Desta vida devastada.
Dormente tormenta
Doença imensa
Siga teu fluxo no córrego
E desembarque na fossa
Onde é seu lar.
Sorrio
Então varro a sujeira de casa
Levo-a à rua
E jorro lágrima na calçada
Limpo a alma.