Nada Poético
Da vida tenho feito nada.
Nada de nada tenho feito.
A respiração está cansada,
minha mente está de outro jeito.
Da vida tenho feito nada.
Nada de nada tenho feito.
Emoções mais ofuscadas
e um coagulo no peito.
Diz que bate a fluir sorte
e antes não houvesse nada,
se assim viver, prefiro a morte.
Melhor teu fim, que mal amada.
Mas há um oculto aqui no peito,
segredo no sangue corre.
Flui ferro do toque vazio,
nasce vida, enquanto morre.
E mesmo que não tenha eu feito nada,
e nada ultimamente tenha eu feito,
permanece uma esperança enfadada.
Fundo antes respiro deitar-me ao leito.