Esperança

Quanta alegria era minha presença,

E eu via em teus olhos somente o brilhar,

Hoje eu te vejo com essa indiferença,

Sem ao menos meus olhos conseguires fitar.

E olhando o céu fico à admirar,

As estrelas em silêncio lá no infinito,

Fazendo contraste com as ondas do mar,

Onde as mesmas se movem num lutar sem sentido.

E eu comparo essa luta aos meus sentimentos,

Quando em noites sombrias fico a pensar em ti,

E essa paz das estrelas no firmamento,

É o contraste de tudo que se passa em mim.

E na esperança de ainda ter teu amor,

É como se eu fosse apenas um espinho,

Que sempre está pronto em defesa da flor,

Mas que nunca lhe alcança e está sempre sozinho.

E as vezes eu sinto um forte desejo,

Pois na penumbra da noite vejo tua imagem,

E eu sinto a ardência de teus lábios num beijo,

Mas é tudo utopia... apenas miragem.