Não sabia que ela me amava.
Eu não sabia.
Que os olhos brilhavam a qualquer dia.
Qual fosse o tom que surgia.
O doce da vida era o que carregava.
Mas não sabia.
Que as palavras eram vivas.
Que o amor brotava à toa.
Pelos cantos da boca, embriagava-me.
Mas nunca perceberia.
Que toda a felicidade era minha presença.
Que o instante perfeito era nossa futura dor.
E o para sempre, tão longínquo, acabou!