Mãezinha estava tão doente
Olhar fundo, e dava tristeza na gente...
As mãos fraquinhas e nem conseguia comer
O rosto tão morto, visão que não vamos esquecer...

Mãezinha tão raquítica, pesar na imagem de amor...
Tantos remédios que em vão tentavam amenizar a dor
Parecia que a única solução seria expirar
Só de pensar a família lastimava num chorar
 
Mulher corajosa que trabalhou a vida inteira
Foi mãe, economista, lavadeira e enfermeira...
Todos estes atributos ela doou dentro do nosso lar
Conseguia tudo isto, pois sabia usar o verbo amar!
 
Um dia a igrejinha tocou o sino para a missa das 8 horas
Uma lágrima escorreu! Tão triste estava a senhora...
Queria ir rezar pela última vez; agradecer a vida que viveu!
Naquele momento penoso algo inusitado aconteceu...
 
O nosso lar anoiteceu; nosso arredor ficou sem luz...
Falamos para ela não se impressionar com aquela escuridão
Ela disse: Não está escuro, estou sentindo o abraço de Jesus.
Então, ela morreu sorrindo com uma das mãos no coração...
 
Um pesar nos abateu e a vila toda veio ver as nossas dores...
Nossa mãezinha que lutou tanto deixou tudo, e só levou as flores!
Se eu pudesse naquele momento decretaria o fim da morte...
Seria diferente, jamais deixaria a realidade roubar o meu forte!
E até hoje a vizinhança afirma que foi Ele que a visitou
Na hora pesarosa o pranto dela Ele enxugou
No enterro a mão delicada da mãezinha ganhou uma cruz
O rosto sereno, ainda estaria abraçada com Jesus?
 
Janete Sales Dany
17/03/2015

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Esta poesia não é um caso verídico,
só uma inspiração de poeta,
portanto não aconteceu...
Poeta é assim...
Escreve o que não viveu!
 
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 17/03/2015
Código do texto: T5173632
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