Rosa de Sangue
Rosa de Sangue
Meus olhos, vermelhos lacrimejam
Ferido pelo espinho profundamente
Então a rosa rubra pelo meu sangue
Recai sobre meu corpo delicadamente
Lentamente digo adeus ao universo
As estrelas outrora ofuscantes somem
Então torpe desfaleço em sonhos
Lembrado pelo epitáfio em verso
Pétalas despedaçadas tão belas
Recobrem meu ser que jaz adormecido
Letárgico, flores quebradas ao eterno
Sonhos de dor sempre tão merecido
Nunca irá acabar, noite interminável
E a rosa mistura-se em sangue e corpo
Tempo implacável avesso a orações
Reflete minh'alma e a dor insondável
Eduardo Benetti