Meu fiel amigo Araken
Não importava se era noite ou dia,
Quando eu estava nas proximidades
Com seu faro impecável me percebia
E soltava seus latidos de felicidades.
Entrava e para ele não dava nada
Mesmo assim ele latia contente,
Pois para ele a minha chegada,
Era o seu melhor presente.
O seu rabo balançava sem parar,
As vezes eu nem dava atenção,
Mesmo assim continuava a festejar,
Nem percebia minha falta de gratidão.
E isso era repetido constantemente,
Quando outro de casa chegava.
Ele só soltava o seu latido valente,
Quando um estranho se aproximava.
Até que cheguei e não fui recebido,
Percebi que algo estava errado,
Não soltou um só latido,
E seu rabo ficou parado.
Fiquei com minha alma entristecida
Quando ele me deu um triste olhar,
Eu percebi que era de despedida,
Que a sua jornada estava para terminar.
E os tristes dias foram passando,
O seu apetite foi perdendo
Seu corpo foi inchando, paralisando,
Os remédios não estavam resolvendo.
Até que chegou a hora da separação
Daquele fiel amigo que me queria bem,
Que viverá sempre em meu coração,
Descanse em paz meu fiel amigo “Araken”.