Ó Bela Amada Refém .

Esticando teus beijos , desconcertando meu corpo a somar ?

Olha-me , como a neve congelada dos frios d'almas somantes .

Estupidamente arrasado aos teus versos belos , anoitece-me !

Devaneando este falar , ó cruel destino , teste todo meu amor ?

Primavera do meu corpo caindo de flores frescas , condena-me !

Procurando teus bálsamos na selvagem noite da paixão refém ,

Conténs amada minha , conténs meus dizeres , em teu favor só ?

Não desdém , estas palavras amargas deste olhar em ti fixante .

Oprime , ó bela amada refém , do frio do cúmplice corpo meu ...

Dize-me ? Teus carinhos sem fôlego doce veneno neste absinto ?

Derramado , espumas em teu corpo , embriagando-me sem fins .

Minh'alma , extasiam teus lábios quentes e penetrantes do beijo .

Rendo-me ó amor meu , Rendo-me ó amor meu , por ti deixante ...

Invada o canoro de agonias , perturbe-me neste florir de amá-la ?

Esquecendo os espinhos que me perseguem no fogo quente de ti .

Tens as mãos ao curar-me ó amor meu , deixe-me este teu partir ?

Vens , noites confessando esta paixão prematura da lua indefesa !

Tens , a decência de lhe entregar este corpo meu , purificado aos

teus bálsamos deixando o colar nas voltas do teu corpo aclamado ;

Condena-me , ó amor meu , refém de teu encanto da prata ao sol ?

Traga-me , os vícios diante meu ar inocente por teu entardecer ...

Escute-me , ó amor meu desdenha a folha verde da árvore na raiz ?

Esticando os beijos na neve congelada dos frios d'almas somantes !

Olhe-me , como o decesso da folha verde caindo por tua semente ...

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 02/03/2015
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