Os ratos e as baratas da madrugada
Cheguei ao topo da melancolia , em rasgos sórdidos no meu jeans
em crespos pés em contato com as esquinas
dia e noite , noite e dia
era tudo que o mundo, mas principalmente ela queria.
Estou de mal com o céu, nada dele cai, e já tem algum tempo
que as folhas e jornais não voam
que os cães não vigiam os boeiros
mas era todo dia, dia de festejos
No meu peito a perseverança , que me continuava humano.
Esperança de um olhar fértil , que crescera em algum canto da cidade
me procurando entre fios de postes , e rabiolas de pipa
enquanto as velhas crentes, tocam gatos ...chispa, chispa.
Um gole de veneno , era bem vindo destas mãos cotidianas
que servem os tragos , para ratos e baratas da madrugada
Mas se existe um ser mais baixo que isso...
com certeza passou pelo o amor e assumiu o risco.