*Menina de Rua*
Creiam-me, caros senhores
Nada ou tudo que vos fale
Se sou aquela... ou cale
Em mim um grito de horrores.
Voltei à menina de rua
Que à cama úmida e fria
Torturava e lhe tingia
A verdade seminua
Dêem-lhe do bolso um trocado
Do céu o pedaço negado
Da vida que vestiu Andaluzia.
E os risos que se faz à mendicância
Sequem nos soluços de criança
Que em mim se transformou em poesia.
Canos, 06 de junho de 2007/RS