E NENHUMA ESTRELA BRILHOU
O luar do meu céu
Nunca teve brilho.
E nenhuma estrela brilhou
No dia em que eu nasci.
As minhas folhas de papel
Estão todas manchadas.
Pois estão caindo nelas
As de lágrimas do meu pranto.
Estou triste. E sou!
Eu sou só eu.
E não sei se vale a pena ser.
As estrelas do meu céu
Nunca tiveram nenhuma cor.
E nenhum sol despontou
No dia em que eu nasci.
Os meus sonhos de papel
Estão todos submersos
Em minha dor.
Sou triste. E estou!
Eu estou só eu.
E não sei se vale a pena estar.
Sou aquele que nasceu proibido de sonhar.
E quando me deixam ter sonhos,
Não permitem que eu os consiga realizar.
Então, pergunto: O que foi que eu fiz?
Onde foi que eu errei?
Por que fiz de mim, da minha vida tão pequena?