E NENHUMA ESTRELA BRILHOU

O luar do meu céu

Nunca teve brilho.

E nenhuma estrela brilhou

No dia em que eu nasci.

As minhas folhas de papel

Estão todas manchadas.

Pois estão caindo nelas

As de lágrimas do meu pranto.

Estou triste. E sou!

Eu sou só eu.

E não sei se vale a pena ser.

As estrelas do meu céu

Nunca tiveram nenhuma cor.

E nenhum sol despontou

No dia em que eu nasci.

Os meus sonhos de papel

Estão todos submersos

Em minha dor.

Sou triste. E estou!

Eu estou só eu.

E não sei se vale a pena estar.

Sou aquele que nasceu proibido de sonhar.

E quando me deixam ter sonhos,

Não permitem que eu os consiga realizar.

Então, pergunto: O que foi que eu fiz?

Onde foi que eu errei?

Por que fiz de mim, da minha vida tão pequena?

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 05/06/2007
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