Rendas Negras
Era uma doce senhorita;
Branca como a neve;
Gélida como um cadáver perfeito.
Um sonho. Um pesadelo. A morte.
Na escura e silenciosa madrugada ela surgia,
com seu belo vestido vermelho sangue.
Com rendas negras e penas de corvos.
Suas luvas brancas fortemente manchadas de vermelho
eram seu principal charme.
Segurava um copo de vinho tinto,
olhava a todos com desdém,
Tomou um gole de absinto,
Desatou-se a rir. Desesperadamente.
Sua faca pingava com o sangue do amado;
A doce senhorita tentou escondê-la.
Mas A Morte com sabedoria tomou-lhe de sua mão.
E o gole de absinto venenoso enfim fizera efeito.