Subliminar

São as poesias que não foram lidas;

O silêncio que confessa;

A saudade que, hora ou outra, regressa.

E, por fim, nada mais interessa…

Ou fingimos não mais saber

Para onde ir ou o que mais querer;

Se fugimos do nosso próprio fingir

Ou se mentimos, por nada mais sentir.

Não há solução aqui!

Só há dúvidas e perguntas retóricas,

Das quais sempre soubemos as respostas…

E para que perguntar, então? Se nada iria adiantar.

Mas guardei, nos sonhos introspectivos, no subliminar,

A ilusão de jamais saber o que iria acontecer;

Os mais amargos beijos e os doces sorrisos;

O para sempre e o nunca mais, o talvez e o tanto faz.

Guardei discretas certezas nas entrelinhas lineares;

Entre rotas circulares e cruzamentos perpendiculares;

De pleonasmos redundantes, apenas para dizer-te: Tanto amo-te!

E para quê? Se me perdi ao encontrar-te, e ao encontrar-me, te perdi.

Kleber Braga Pereira
Enviado por Kleber Braga Pereira em 07/02/2015
Reeditado em 26/01/2022
Código do texto: T5128877
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