Subliminar
São as poesias que não foram lidas;
O silêncio que confessa;
A saudade que, hora ou outra, regressa.
E, por fim, nada mais interessa…
Ou fingimos não mais saber
Para onde ir ou o que mais querer;
Se fugimos do nosso próprio fingir
Ou se mentimos, por nada mais sentir.
Não há solução aqui!
Só há dúvidas e perguntas retóricas,
Das quais sempre soubemos as respostas…
E para que perguntar, então? Se nada iria adiantar.
Mas guardei, nos sonhos introspectivos, no subliminar,
A ilusão de jamais saber o que iria acontecer;
Os mais amargos beijos e os doces sorrisos;
O para sempre e o nunca mais, o talvez e o tanto faz.
Guardei discretas certezas nas entrelinhas lineares;
Entre rotas circulares e cruzamentos perpendiculares;
De pleonasmos redundantes, apenas para dizer-te: Tanto amo-te!
E para quê? Se me perdi ao encontrar-te, e ao encontrar-me, te perdi.