FUGA

Brumas, tonalidades cinzeladas,
Envolvem a tarde sutilmente,
Dá uma vontade de não fazer nada,
De me recolher a um estado reticente...

De ficar divagando, cultuando a saudade,
De fugir do agora, de reencontrar o antes,
De umedecer com o pranto essa tonalidade.

Dá mesmo um afã de entra em of,
De me esconder nas entrelinhas de uma estrofe.

Não posso; a vida exige liga, que eu siga adiante.


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O FUTURO 

A vida me chama, insistente,
não quer que eu fique parada,
por isso eu sigo em frente,
não olho pra trás, não, por nada. 

O futuro eu desconheço,
não sei que ele me guarda.
O que for eu pago o peço. 

Minha história eu a escrevo,
é minha, então, me atrevo. 

Espero que seja galharda.

(HLuna)