Solitário fim
A luz trevas
Fere minha alma aflita
Soluços e lágrimas que não se podem conter
Clandestinas denunciantes da minha dor
Ar pesado que respiro
Sufocando meu fôlego
Me sinto mais uma vez morrendo
Mas uma vez...
Ninguém morre por falta de ar
Morre por falta de troca
Eu com os pulmões cheios
Não consigo, não posso, respirar
AH!
Grito de dor calado
Quando em meio as multidões
Estou só
AH!
Grito de raiva sem expressão
Quando em meios aos pensamentos
Nada mudará
Então me fecho em meu espetáculo solitário
Palhaço de que alegra bancos vazios
Esperando o fim da peça
Para de novo chorar sozinho.