Tristeza
Aqui
Na imensidão das horas
Enquanto repito teu nome
Já não creio
Na nau que de longe
Se avista no horizonte.
Enquanto repito teu nome
Dobro esquinas
E aguda lâmina atravessa em arco
Meu peito
Como flecha cravada
De inverno
Em meu verão de poemas
Outonais.
Aqui
Enquanto repito teu nome
Corres como um rio
Sempre às margens de mim
A negar-me pelos lugares
Por onde repito e leio teu nome
Nos lábios
De outras tantas pessoas.