Hoje, bebo lágrimas de dor...

Na galeria do meu espírito

Ouço músicas de minh’alma.

Cavei um buraco no meu coração... Eu mesma fiz isto!

Fico em pé nas sombras da minha vida.

Espero pela sua aparição... Nesta rua solidão!

Eu sinto o sangue de suas veias... Vire-se e mostre-me seu rosto!

Vejo minha sombra presa em suas mãos,

Dentro das paredes do meu medo!

O que vai acontecer?

Fecho meus olhos!

Assisto ao crepúsculo de minh'alma.

Estico-me querendo alcançá-lo... Toco apenas o meu medo interior!

Estou completamente só nessas paredes.

Vejo tantas portas... Tantas maneiras de sair daqui!

Mas agora, eu estou acorrentada.

Eu sinto minhas forças esvaindo-se de mim.

Eu sinto meus olhos escurecerem na tempestade do tempo.

Levanto-me como um homem velho.

A última vez que estico minhas mãos na tentativa de te alcançar-lo!

Você se vira e me mostra seu rosto...

Mas eu estou encanecida demais e não posso mais vê-lo!