Branca de Neve.
Branca e gélida como a neve, pontilhada de rubro sangue
Que esvai o vazio de teu ventre, uma dor agoniante
Azul oceano, profundo desespero
Um sorriso, uma lenda, uma lágrima, um travesseiro
Menina flor, teus olhos fechados
Escondem a dor do teu coração quebrado
A chuva contempla, teu choro salgado
Raiva, ciúme, delírio, em pranto afogados
Doce inocência, de teus lábios rosados
Infectos por mentiras, ao corpo desolado
Ácido, veneno, em tuas veias impregnado
Sugando tua pureza, aos ventos soprados
E que tais ventos levem teu azedume
Deixando o doce tom de morango meio amargo
Que se derreta junto ao chocolate adocicado
E ame novamente, com esse teu coração despedaçado.