DORES D'ALMA

Almas que tangem sons melancólicos,

Sons seculares de sombrios monastérios,

Almas saudosas de dias bucólicos...

Tristeza escavando feito vermes em cemitérios.

Ostracismo que lentamente envolve tudo,

Que vai roendo sonhos pueris,

Escuridão que envolve o mundo...

Paixões antigas que arderam tão febris!

Tudo,tudo é tão indiferente e tão vazio,

Vazio que escava o coração já oco,

Olhos sulcados feito seco rio...

Nocaute da vida em violento soco.

Ah! São tantas dores d'alma no anonimato!

Amargando a boca feito bílis saturada,

Ao leito sepulcral conduzido por Tânato...

Beijo letal, ainda no meio da estrada.