Poesia do caboclo.
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Nasce lá no sertão
No canto do sertanejo
Da tristeza da cabocla
Do lamento da criança
Do sol queimando sem dó
Do calor que sai do chão.
 
Do rio seco só pedras
Do pássaro que bate as
Asas, deixando
Mais triste o sertão.
 
Do caboclo que partiu
Sem rumo todo choroso
Com saudades do seu chão
Da plantação que morreu
Porque a chuva não chegou.
 
Da fome que fez morada
Na terra seca do sertão,
E a poesia do caboclo
É uma lamentação
Que sai do fundo da alma.
 
E o sertanejo coitado
Derrama todo o seu pranto
Nas crateras do seu chão.
 
Terezinha C Werson
Terezinha Werson
Enviado por Terezinha Werson em 22/12/2014
Reeditado em 22/12/2014
Código do texto: T5077437
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