POÉTICO DEPENDENTE

Leitores emocionados

Lerão essa poesia

E se chocarão

Com a falta de alegria

Talvez sintam

A malvada energia

De minha mente sombria

Calculista e fria

Energia essa que me condena

A viver nessa vida de pena

Vida bandida, vida sofrida.

Onde dá até dó

Qualquer coisa é melhor

Valho menos que pó

Neste infinito universo

Lotado de tristezas

Mundo perverso

Cheio de incertezas

Compartilho em forma de versos

Toda minha vivencia

Toda minha experiência

Toda minha dependência

Não sou um delinquente

É que em minha mente

No fundo do inconsciente

Vive um monstro do mal

Talvez imortal

Que me atormenta a todo tempo

E se alimenta de todo o meu tempo

Já cansei de tentar

Já cansei de lutar

É impossível ganhar

Já tentei parar

Já tentei acabar

Mas este vício

Não da pra controlar

Quero parar de escrever

Quero parar de rimar

Também quero viver

Também quero amar

Por que um poeta não vive

Não dorme e não ama

Ele apenas sobrevive

Ele deita na cama

E escreve que ama

Mas ele não ama

Sei que é um vicio decente

Comecei por acidente

Nessas rimas envolventes

Que dominaram minha mente

E confesso confidentemente

Sou poético dependente.

Léo Queiróz
Enviado por Léo Queiróz em 15/12/2014
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