Velho moribundo
Não me faça sentar na marra, nesta mesa de café
pois só as moscas, iram toma-lo
Estou no auge do meu vírus
escuta o estalo?
É meu peito vivendo os dias
que vocês me arrastam
pra mesa do café e do almoço e janta
expondo minhas carniças
meu cheiro podre da boca
e me dizendo que tudo esta bem
depois cochicham lavando a louça
Não me faça sentar na marra,nesta cama fria
que outrora amei,viver a ternura em corpo nu
e que hoje vago por esse enorme espaço
de lençóis brancos, como um urubu
com o bico cheio de carne minha
esperando o bando lhe fazer companhia.