Cirurgia cardíaca
Antes eu pensava com ingenuidade,
Que bastava de rompante se arrancar
O amor que antes se fazia vibrar.
Mas errada estava em achar
Que cortar impetuosamente,
Faria essa negra dor cessar.
Tem que deixar primeiro que doa.
Que vá aos poucos envenenando,
Que cada doçura vá esvanecendo.
Pois apenas assim que se pode,
Arrancar do peito um coração que
Pelo próprio amor que bate, morre.