Voltando ao nada
Ai quem me dera!
Que estas luzes espocando em minha cabeça
fossem estrelas nascendo,
um universo de ideias rodando , se fazendo.
Ai quem me dera!
Sair voando como medeia louca
envolta pelo velo de ouro,
desaparecendo no ar como purpurina.
Que essa estranha dor
sem sossego, sem pouso certo,
encontrasse abrigo no infinito vácuo.
Ai quem me dera!
Num momento mágico
cobrir meu nome numa negra tarja,
desnudar a alma envolta em tantas capas,
caminhar nos raios de luz
e voltar ao nada.