Agregadora do campo de centeio
Eu já vivi coisas demais e ainda há muito o que viver,
Celebro a vida com a simplicidade de aprender
e assim procuro melhorar a cada alvorecer.
Já passei da idade de me candidatar a apanhadora,
Não tenho síndrome de Peter Pan, mas sou uma voadora
que pega caronas pelas galáxias, sou buscadora.
Então acho que posso atribuir-me outro cargo ainda inexistente:
Agregadora no campo de centeio da paralela insistente
De nossa amada Terra: tentar não deixar cair num repente
Mas manter ali, no campo inteiro, como semente
Agregando cada vez mais ao meu mundo consciente
As relações com aqueles que ainda se formam foucaultianamente.
Grilhões são para os fracos, cavernas são meras fugas da razão,
Não manterei a todos comigo na celestial plantação,
Aqueles que agregar serão livres para ir e trancar-se ma prisão
Ou poderá fazer como eu e retornar o quanto possível, formigativamente, Cigarramente, calmamente, lucidamente, fortemente, levemente...
Manter-se atento ali, na beira do abismo da vida que nos altera furtivamente.
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