Outros
Vocês têm a vida nos olhos,
Uma cor e um brilho incomum.
O frescor e a jovialidade
Realizam-se em teus olhares.
Enquanto vocês cheiram aos mais deliciosos perfumes,
Cheiro à morte.
Sou a própria morte, personificada,
Em carne, osso e nomes.
Enquanto sois tão corretos e perfeitos,
Sou vil.
Pecaminosa.
Incorreta.
Sou o pior de mim;
Vaga em palavras,
Vago como um fantasma,
O que sempre fui.
Anjos cantam ao os verem passar.
Demônios riem de mim.
"Por que vives?", perguntam.
"Por que ainda vivo?", pergunto.
O mal se realiza em mim,
A dor se alimenta de mim.
Sois todas as mais belas estações.
Sou o pior dos invernos.