Espera...
Ando por ruas quase esquecidas
Num silencio absurdo do meu coração
Junto a mim uma solidão injusta e imerecida
Quase suplicante de qualquer perdão
Leio livros que ninguém mais lê
Num louco naufrágio de letras e poesia
Num devaneio angustiado de se ver
Buscando sentido nessa doida histeria
Sonho cenários áridos e distantes
Num infinito sem olhar o fim
Estou vítima do tempo, sou um errante
Que encerra todo amor dentro de mim
Penso naquele dia que há de vir
Tão logo, tão demorado e tão meu
Onde a espera é uma razão de sentir
Dentre tantas que você ja esqueceu
Vivo a inventar motivos e desculpas
Razões insanas para não sofrer
Onde antes só existia culpas
Agora só busco apenas sobreviver