TRISTEZA DE MIM . . .

em tantos e quantos encontros

me desencontro de mim?

a tristeza chega, menina, ladina

e logo mostra que não tem tempo

nem idade, e que vem no rastro

de lembranças e deposita

em nossa alma a sua gentil maldade...

desenterra momentos,

sufoca sentimentos que se assanham,

ganham vida e arranham minh'alma..

descobre sempre onde estou,

as frestas e buracos de esconder...

sinto-a sorrir em sua surda invasão

e nem mais consigo reagir...

cerro os olhos úmidos,

esperando quieto e confuso,

angustiado e aflito,

o sono chegar de mansinho...

e quando acordo,

procuro o sol, então encoberto,

o Céu de minha alegria,

daí deserto...

e olhando a manhã que nasce,

lá fora e em mim,

percebo que a tristeza

não se fora,

mas se tranformara em chuva e frio,

na dança das nuvens

e nas esperanças que respiro!

(Tadeu Paulo - 2007)