Sem poesia

Às vezes a poesia fenece;

padece com o dito amor.

Se quebra; se rompe e se estilhaça nas pedras do mar

onde a Iara, canta a sua dor.

E corrói o tempo; o espaço; o momento

_ ferrugem desolada_

feito algum fim de madrugada

onde deliravam-se as estrelas

que agora emudecidas deixam o seu esplendor.

A poesia me doeu até os ossos.

me deu fadiga; cansaço; inchaço

de tanto derramar os sais das minhas pálpebras.

E agora não acho o caminho de volta...

Talvez eu trace num traço de rota

alguma poesia que me dê algum amor.

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 06/11/2014
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T5025815
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