Não te esqueças

Não te esqueças do amor que não te dei,

Mesmo não sendo pérolas, brilhou

Não fosse o sempre que jurou:

Ingrato verbo que não conjuguei.

Não te esqueças porque não fui capaz,

De beber da tua chama acesa,

Estando sugada feito a presa

Fingir-me prender, não soltar mais.

Não te esqueças do que não tivemos

Que a tanto não quis por te querer

por nada trocarias pra ter você

Das insistências, ausente vivemos!

Não te esqueças a sombra, teu retrato

Obrigando a saudade a matar o amor

Ofendido pela taça frustrada da dor:

Eternas fatias coloridas de nosso quarto!...

04 de novembro de 2014.

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 04/11/2014
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