Eco da Mata
A índia deitada na margem do rio
já não tem compromisso
Seu único vício agora é o pranto
Da perda daquele que foi seu encanto,
o Rio Negro, em silêncio, passa,
se pudesse pedia licença,
mas coleta apenas, as lágrimas de mágoa
Vai embora, maciço de pena...
Uma vitória-régia se aproxima,
compadecida que só, gira, imensa
sem sequer ser notada pela índia pequena
Sua dor amiúde vira noites,
gemido mais baixo não há
E ecoa por toda a Amazônia.