Quando não adiantar mais
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Quando eu não mais estiver aqui...
Não adianta dizer que me amou.
Quando perceber que eu parti...
Não adianta enviar nossas passagens.
Quando meu olhar estiver noutra direção...
Não adianta remanejar as velas,
afundou.
Quando o Sol se puser, no horizonte sombrio...
Não adianta o esconderijo da noite,
ao sabor da Lua.
Quando meu singular toque desaparecer...
Não adianta agarrar-se às sombras da noite.
Quando aquele grito que ecoava silenciar...
Não adianta escandalizar-se com fantasmas.
Quando a fantasia de agora se tornar pesadelo...
Não adianta buscar desculpas.
Olhe-se no espelho, isso bastaria!
Quando a morte chegar, desanuviando tudo...
Não pense que acabou.
Para quem não tenta, proclamo: morrer não é o fim!
Crato/CE, 28 de outubro de 2014.
11h54min
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