Chuva que com Lágrimas se Mistura
Tento fintar minha consternação
Tento (e como tento) alentar o desalento
numa poesia que fale das flores
num poema cheio de cores e perfume nos ventos...
Mas depois de tentar, de sangrar as mãos na terra
De não cansar em cuidar para que nunca morra a primavera
Desfaleço infrato , sorvo calado as secreções da desventura...
“Mea culpa”
Nem sempre sou estóico, então não apontem minha poesia
Não use contra mim nada que eu mesmo diga...
Nos momentos isolados de minha melancolia
Quem não pode ou não quer fazer parte, apenas se cale...
Nada de empulhar...
Cale-se quem não sabe ouvir, quem não sabe amar!
Dediquei-me a verter meu sangue envenenado
E este plasma grosso e avermelhado
Em manipulação perfeita tornou-se possante fármaco
verti meu sangue em minhas letras, inspiração divina e sem fim
Ledo a paz de meu feito, mas não nego:
Por ti, alma ferida, por vezes ousei ferir mãos e pés no prego!
Há quem me verá em tal plangor?
Ou, hão de investigar cada letra
em busca do verdadeiro dono da dor?
Resumindo este desafogo...
quero apenas chorar
deixar por instantes cair o corpo...
Sem lamentar!
Não culpo quem não pode entender
pois, está aqui dentro de mim
e nem eu mesmo posso compreender...
Talvez seja esta chuva e o ventar gelado
que me faz lembrar o que quero esquecer!
olhar na rua ao longe o barro molhado
saber que ainda sei dançar no charco!
Tento fintar minha consternação
Tento (e como tento) alentar o desalento
numa poesia que fale das flores
num poema cheio de cores e perfume nos ventos...
Mas depois de tentar, de sangrar as mãos na terra
De não cansar em cuidar para que nunca morra a primavera
Desfaleço infrato , sorvo calado as secreções da desventura...
“Mea culpa”
Nem sempre sou estóico, então não apontem minha poesia
Não use contra mim nada que eu mesmo diga...
Nos momentos isolados de minha melancolia
Quem não pode ou não quer fazer parte, apenas se cale...
Nada de empulhar...
Cale-se quem não sabe ouvir, quem não sabe amar!
Dediquei-me a verter meu sangue envenenado
E este plasma grosso e avermelhado
Em manipulação perfeita tornou-se possante fármaco
verti meu sangue em minhas letras, inspiração divina e sem fim
Ledo a paz de meu feito, mas não nego:
Por ti, alma ferida, por vezes ousei ferir mãos e pés no prego!
Há quem me verá em tal plangor?
Ou, hão de investigar cada letra
em busca do verdadeiro dono da dor?
Resumindo este desafogo...
quero apenas chorar
deixar por instantes cair o corpo...
Sem lamentar!
Não culpo quem não pode entender
pois, está aqui dentro de mim
e nem eu mesmo posso compreender...
Talvez seja esta chuva e o ventar gelado
que me faz lembrar o que quero esquecer!
olhar na rua ao longe o barro molhado
saber que ainda sei dançar no charco!