INDIFERENÇA
Acordo neste mundo perscrutando som de “eus” mudos
Ando pelas ruas e deparo-me com almas vazias, não nuas
Nada do que penso ou sinto tem razão, nada faz sentido
Não, não faz...
Aprendi a valsar nua em palcos sem chão
despida da dor desta intensa solitude
Trago no peito um coração receoso
Pessoas...
Umas vestidas de falsa idoneidade,
Falsa modéstia...
Adeptas da arte de simplesmente ignorar,
O corpo franzina que com destreza joga bolinhas para o alto no sinal
E o que faz sequer chama atenção, não faz eco...
Seu olhar não tem som...
Há tantos meninos por aí tão iguais
Que voz a alma tem?
EU CONSIGO OUVIR
E NÃO ME CALAR...
Silêncio ruidoso
Toca-me as entranhas
Indiferença é visceral
Que agonia traz essa inconsciência mórbida
Dor latente na alma
Como se pode ignorar um ser que não se encontra ausente?
Não sei quais das indiferenças é a pior de todas
Se a falta de demonstrar amor na relação
Ou a apatia e frieza por quem está ao redor
A mendigar o pão
De qualquer jeito dói
Meu Deus!!! Dói intensamente
Deixo Minh’ alma suspensa
Sequer ouso tocar o chão
Inspiro e suspiro amor
Transpiro paixão
Gotas de solidão
Emudeço...
Fecho os olhos
Sinto minha presença
Ao redor ausência...
Mais uma vez estou só